domingo, 28 de julho de 2013

Braga Semanário - Edição de 26 de Julho


Dinastias disfarçadas
 
A nossa Bracara Augusta anda em polvorosa. As lutas de poder, qual saco de gatos, fazem-me
imaginar um Setembro quente e pouco esclarecido. Mas para alguns senhores desta cidade, a qual me orgulho de fazer parte e de nela ‘valorizar’ o bom e belo que me faz sentir bem e em casa, o objectivo passa por confundir as pessoas, suscitando nelas dúvidas que podem favorecer esta ou aquela ‘família’.

Ricardo Vasconcelos

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O único rosto da mudança
 
Braga vive há 37 anos debaixo do mesmo espectro político. Desde que ganhou as primeiras eleições
por escassos votos ao CDS, Mesquita Machado nunca mais largou a cadeira do poder. Seja pelo mérito, que o existe indubitavelmente, seja por uma densa teia económica gerada em torno do tipo de políticas adoptadas, o certo é que o homem tem jeito para o cargo. Nem falemos então das oposições mal orientadas e sem linha de acção, que foram sucessivamente derrotadas nas urnas. O cenário, digamos, foi propício e o protagonista também o aproveitou com inteligência e argúcia.

Rui Ferreira

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O circo desceu ao Terreiro
 
António Barreto, conhecido sociólogo da nossa praça revelou hoje na imprensa que os nossos
políticos exigem sacrifícios aos portugueses mas eles próprios não se sacrificam. Fica aqui bem patente a relação que os portugueses estabelecem com os políticos, principalmente aqueles que nos governaram nos últimos tempos.

Com mentiras e malabarismos, os políticos prometem aquilo que não podem cumprir, fazem-nos sorrir (mas pouco) com reformas impossíveis de executar devido à nossa condição de eterno dependente de terceiros. Das duas uma, quando prometem o El Dourado ao eleitorado não sabem do que estão a falar, ou são sádicos ao ponto de cortar a mão a quem lhes dá o poder.

Jorge Paraíso

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Expedições - Volta ao Mundo III e IV
 
III
Conversei com pessoas do lugar, meu passatempo favorito não só em Portugal, mas por onde viajo,
são tantas as histórias, tantas estórias, tanta informação, afinal os lugares são também isso, não basta vê-los.

Fiquei observando o encontro das ondas com o rochedo, a areia que se faz e se desfaz em poças mutantes, apreciando a delicadeza da capela, percebendo aquele vento inquietante ainda que sinuosamente harmônico, enquanto ia pensando na escrita de Gabriela Mistral, nas suas palavras dirigidas ao Divino impregnadas de umas outras tantas ondas, no caso aquelas umas do mar chileno:

“ Daí-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida, para um novo avanço”.

O mar português incita ao movimento. Como dizia o poeta esse mar salgado contém em si lágrimas de Portugal, remete ao despojamento, à partida, ao avanço. Dentro em pouco voltei para o Porto. O meu destino? A Livraria Lello, o Café Majestic, nosso próximo assunto. O viajante volta já!

Lucio Marques

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Salvação Nacional vs Interesses Partidários
 
A quantidade e qualidade de esquemas planeados entre os partidos políticos com origem nos seus
líderes e enquadrados no poder nacional, local e regional, onde os cidadãos vão alimentando o seu ego e calor partidário em prol de benefícios futuros, podemos constatar que o alimento se vai mantendo ao longo dos anos, bastante para tal, que sejam simplesmente, militantes deste ou daquele partido.

José Manuel Pereira

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Obviamente demitam-se!
 
Se não o fizerem os Portugueses demiti-los-ão na rua!
O que se tem passado em Portugal nas últimas semanas são os últimos actos de uma trágico-comédia
que tomou conta do País nos últimos dois anos e meio, e que corre o risco de se transformar numa tragédia arrastando-nos para mais um período negro de uma história quase milenar.

Vai-se assistindo à degradação, à decadência das instituições numa espiral de insanidade a que só as pessoas, transformando-se em cidadãos, podem pôr cobro. Exige-se um Movimento de Cidadania que varra esta Canalha

da vida pública portuguesa.

Luis Freire de Andrade

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Imagem da Semana
 
Fachada da Sé de Braga ao tempo de D. Diogo de Sousa (1505-1532), segundo uma gravação numa pedra da Capela de S. Lourenço da Ordem e revelada pelo Con. Aguiar Barreiros e com ilustração de J. da C. Vilaça em 1920
 

sábado, 20 de julho de 2013

Braga Senanario - Edição de 19 d Julho


Mestre Zé Veiga o artista da cidade de Braga



Toda a segunda metade do SEC XX de Braga está marcada pelo traço do Mestre, é no S. João, na
Semana Santa, nas decorações de Natal e o que mais vinha à “rede”. Em todas as manifestações culturais de Braga aparece o traço do Mestre.

Não é que em vida não tenha sido devidamente reconhecido o seu trabalho e obra, acontece que onze anos após o seu ocaso as novas gerações começam a perder-lhe o rasto e porque não será demais vamos aqui deixar alguns dos seus dados biográficos:

Evandro Lopes

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Obviamente demitam-se!



Obviamente demitam-se! Se não o fizerem os Portugueses demiti-los-ão na rua!



O que se tem passado em Portugal nas últimas semanas são os últimos actos de uma trágico-comédia que tomou conta do País nos últimos dois anos e meio, e que corre o risco de se transformar numa tragédia arrastando-nos para mais um período negro de uma história quase milenar.

Vai-se assistindo à degradação, à decadência das instituições numa espiral de insanidade a que só as pessoas, transformando-se em cidadãos, podem pôr cobro. Exige-se um Movimento de Cidadania que varra esta Canalha

da vida pública portuguesa.



Obviamente o primeiro a demitir-se deve ser o Presidente da República que mais uma vez demonstra a sua total incapacidade para ser o garante final da Democracia. Obviamente que não se demitirá, por isso vai ser necessário que sejam os Cidadãos a indicar-lhe a porta de saída. Não se pode esperar que um personagem cabotino e medíocre, tenha a capacidade de assumir um acto de dignidade e de honradez, nem como político nem como pessoa. O seu passado demonstra que se trata de mais um equívoco daqueles em que Portugal é fértil a gerar. Basta fazer uma análise superficial do seu passado e da sua acção governativa para o comprovarmos.

Só que ele existe, não por geração espontânea mas porque houve um determinado número de portugueses, o suficiente, que lhe permitiram ter os papéis que tem representado... repetindo o erro em sucessivas eleições. Para se mudar o que seja é preciso ter a capacidade crítica e de análise assumindo as próprias responsabilidades para as exigir em seguida àqueles que vão conduzindo o País para um dos períodos mais negros da sua História.

Luis Freire de Andrade

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Braga, Mobilidade e Património



Braga tem vindo a regenerar-se…

Regenera-se pela sua morfologia estética, requalificando as suas ruas e praças. Há quem goste, há
quem aponte críticas, sobretudo aos materiais usados, que são, de facto, de pouca qualidade, facilmente fracturáveis e, sobretudo, fáceis de sujar (ou difíceis de limpar).

Mas a regeneração que hoje venho aqui expor, está intrinsecamente ligada à forma como hoje se vive e sente a cidade de Braga, sobretudo para os adeptos da mobilidade ciclável.

Temos assistido a verdadeiras manifestações de adeptos da bicicleta, reivindicando pistas, acessos, percursos, estacionamento, enfim, a melhores condições de praticar uma forma de desporto ou de simples mobilidade.

O projecto Braga Ciclável tem sido pioneiro nesta forma de se deslocar na cidade e tem conseguido pequenas vitórias. Além de sensibilizar os cidadãos para o uso da bicicleta, tem conseguido pressionar positivamente o poder autárquico a atender às necessidades dos ciclistas. A cidade renova-se e transforma-se e actualmente vemos muitas pessoas a andar de bicicleta pela cidade.

Ricardo Silva

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Expedições - Volta ao Mundo (1 e 2)



O Porto é inesgotável, imenso, não contente de admirar a sua própria beleza do alto da Torre dos
Clérigos, da colina da Sé ou do topo das suas muitas igrejas, do cimo das suas ruas íngremes, das ladeiras sinuosas e da visão que tem de si mesmo navegando pelo próprio Douro, o seu rio dourado, que por vezes parecerá cinzento, esmeraldino, tudo conforme lhe vão os humores e o clima, ainda tem Gaia, que lhe fica bem defronte.

E o melhor de Gaia, é claro, é o ficar se vendo de lá ao Porto. Essa Gaia gaiata que produz o quê?

O vinho do Porto! São cidades geminadas apenas separadas pelo rio, ligadas pelas suas pontes majestosas, verdadeiros cartões postais intrincados das duas cidades.

Essa história do vinho remonta a um tempo em que o Porto queria sobretaxar o seu vinho e Gaia esperta levou os produtores todos para o lado de lá, sem lhes cobrar novas taxas. Mas o vinho batizado e adorado pelos ingleses como Port prosseguiu usando o nome do vizinho. Afinal quem haveria de querer comprar um Tawny Gaia? Certamente o vinho top, o ícone português tem lá outras tipicidades que sempre desperta paixões no palato. Também o vinho do Porto tem lá as suas variantes.

Entretanto cabe um um aviso aos incautos: O vinho do Porto é, portanto, a melhor dizer: um vinho de Gaia!

Onde se pode degustar nas caves todos os seus sabores e cores, variávies como o seu rio. Os vinhedos ficam nas encostas xistosas e nas colinas do Alto Douro e após a colheita e a vinificação é transportado para envelhecer em tonéis e barricas de carvalho em Gaia.

Luis Marques

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Castro Galaico Festival de Nogueiró
 
É já no próximo dia 11 de Julho que tem início a 4ª edição do Castro Galaico Festival de Nogueiró.
Criado em 2010 com o objetivo de proporcionar a Braga e à sua população um evento alternativo aos festivais de Verão, divulgando a música de raízes populares que tanto diz ao nosso povo, o Castro Galaico tem-se imposto ano após ano, sendo já um festival que extravasou as fronteiras de Braga e acolhe espectadores, cada vez em maior número de Portugal inteiro e da Galiza.

João Tinoco

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Imagem da Semana
 
Mestre Zé Veiga

O Cartaz das Festas de S. João de Braga de 1955

O primeira da longa colecção do Mestre