domingo, 26 de maio de 2013

Braga Semanário - Edição de 24 de Maio


Vista-se de palhaço ou de Imperador, ninguém irá saber


 
Braga tem tido bastante actividade nos últimos dias, em várias áreas que dizem respeito a todos os bracarenses como a Braga Romana, outras que dizem respeito a um grupo de pessoas que quer erguer uma estátua ao falecido Cónego de Melo, aínda outras que dizem respeito ao Presidente da Câmara, filhos e amigos.
Mas, espante-se, nao irei falar de nenhum desses temas. E porquê? Apenas porque nao possuo informação suficiente para debruçar-me seriamente sobre os mesmos. É que Braga, parece ser uma espécie de aldeia do Asterix onde quem vive fora dela, como é o meu caso, nao tem acesso à informação porque, por alguma razão, Braga nao consta do roteiro dos media nacionais. É uma cidade irrelevante para os canais de TV, imprensa e Radio nacionais, salvo raras excepçoes.

Ricardo Freitas

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Crónica da Suécia


 
Hoje tivemos um grato prazer! O Director deste Jornal, ligou-nos!
"Olá, Urso! ", disse ele. Pensei se era um elogio ou um insulto. Demorou, talvez, um segundo, a pensar. Bem, é um insulto elogioso ou elogio insultuoso. Vá-se lá saber!
"Poderias escrever algo sobre o que se passa em Estocolmo, pá!", continuou.
"Merda", pensei eu. Tanta coisa que me apetecia falar sobre coisas que se passam em Braga, e este gajo pede-me para escrever sobre o que se passa em Estocolmo...
Bem, como Chefe é Chefe, e é ele quem paga o ordenado, cá vai!

Paulinha e Tó

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Subversão da Ciência Económica


 
O António, proprietário de um restaurante, deve 1000$ ao José, dono de uma lavandaria. O José deve 1000$ ao Manuel, que tem uma oficina de automóveis. Por sua vez, este último deve 1000$ ao António. Todos os três são simultaneamente devedores e credores mas nenhum sabe que o seu credor é devedor do seu devedor. O António, que pretende liquidar o mais depressa possível a dívida para com o José, tem vivido aflito porque desconfia que o Manuel terá dificuldades em pagar o que lhe deve e assim, terá que ser ele próprio, António, a arranjar os 1000$ para pagar ao José sem poder fiar-se muito no crédito que tem junto do Manuel. Os outros dois homens ruminam pensamentos semelhantes: aflitos com a desconfiança no reembolso das quantias emprestadas e a terem que fazer contas à vida para pagarem as suas próprias dívidas. Cada um nutria secretamente a esperança de que o seu devedor, de um momento para o outro, liquidasse a dívida que tinha para consigo e assim, com esse dinheiro, poderia liquidar a dívida junto do seu credor.

João Mesquita

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Quando a bota não bate com a perdigota


 
Há coisas que não têm qualquer explicação, senão a única virtude de produzir o espanto que é devido ao escândalo. Isto é, simplesmente, o sentido de vergonha.
Quando em Braga decorria o “V Congresso Nacional das Cidades Educadoras”, tendo por ideia central o papel educador das Câmaras Municipais – isto é, o exemplo que estas devem dar aos seus cidadãos - ao mesmo tempo que ainda se digeria o escândalo da maioria socialista em ter votado a compra dos terrenos da antiga cerca das “Convertidas”, sob o móbil enganoso da preservação do património e da famigerada pousada de juventude, vieram-nos à memória aqueles famosos conceitos de Educação, do não menos célebre sábio brasileiro da especialidade, Paulo Freire, e que dão pela expressão de MANIPULAÇÃO e MANUTENÇÃO do STATUS QUO. Vale pena rever a sua interpretação nos dias que correm para compreendermos melhor aquilo que não tem compreensão:

Miguel Bandeira

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Democracia e Soberania são ilusão ótica


 
Quando ao colo da minha mãe, com quatro anos e um dia na linda cidade de chaves, replicava as palavras do povo - “o povo unido jamais será vencido”, com a natural insuficiência linguística face à idade e dificuldade na proferição das palavras, nunca imaginava que teriam o tão impacto na sociedade portuguesa nestes últimos 39 anos de uma democracia vazia de ideais no consenso nacional, açambarcando as metas de uns em detrimento da inoperância de outros e a regulação da sociedade a cair nas mãos do poder económico e financeiro que gerem a sociedade como que de um contrato comercial de tratasse.

José Manuel Pereira

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Vence a discussão quem tem razão ou tem razão quem vence a

discussão?

 
“Protágoras diz que todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este diz que a tese favorável e a contrária são igualmente defensáveis.” Protágoras
"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, se ponham a filosofar verdadeiramente." Platão, Carta Sétima, 326
A retórica surgiu na antiga Grécia no séc. V a.C. ligada à Democracia, a retórica é a arte de bem falar, mostrando eloquência diante de um auditório, o que naquela altura tinha extrema importância, pois era desta forma que os cidadãos intervinham e discutiam as suas opiniões de forma a deliberar as soluções para os problemas da cidade, mas como chegavam a um consenso: vencia a discussão quem tinha razão ou tinha razão quem vencia a discussão?

Gabriel Machado

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Sondagem Junta da Sé+Cividade+Máximinos

Resultados

(10-04-13)



1 António Carneiro 73

2 José do Egipto Silva 53

3 João Pedro Fernandes 34

4 Outros 11

5 António Sousa 10

6 João Seco Magalhães 10

7 Armando Rosas 06

8 Ilídio Sousa 04

8 Luís Gonzaga Macedo 03

10 António Ferreira 01

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Imagem da Semana

Último desfile do Imperador Machadus I

Prova da Legua do Comercial em 31-07-1927


domingo, 19 de maio de 2013

Braga Semanario - Edição de 17 de Maio


 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interesses públicos...
 
Quando os bracarenses pensavam que o pior já tinha sucedido, nomeadamente recordando o
incompreensível aumento brutal das tarifas de água e saneamento, depois de um ano em que a AGERE deu lucros milionários, ou do estranho caso do aumento e concessão da área de parqueamento automóvel à Britalar, surgiu o caso da Pousada da Juventude, numa inacreditável expropriação citada como "urgente" e que vai saldar a hipoteca da filha e genro do Presidente da Câmara.

A este respeito convém lembrar que a ideia da pousada da juventude nas Convertidas foi admitida pela autarquia, pela primeira vez, no debate público promovido pela Braga + e JovemCoop, a 27 de novembro de 2012. O objectivo era aproveitar um eventual financiamento europeu para recuperar o monumento.

Logo a 31 de janeiro de 2013, Mesquita Machado surpreendeu o universo bracarense dizendo que apoiava o projecto da pousada nas Convertidas, mas que o mesmo poderia ser alargado aos prédios vizinhos; Nesta altura, segundo os dados avançados pelo jornal Público, esses prédios ainda estavam na posse da sua filha e genro... A 30 de abril de 2013 a posse dos imóveis passa para uma empresa imobiliária e quatro dias depois a Câmara Municipal anuncia a expropriação com carácter de urgência dos mesmos imóveis... A 9 de maio de 2013 a Câmara Municipal aprova a tal expropriação urgente, com a conivência de todos os vereadores socialistas, sem pedir a avaliação do imóvel, sem qualquer projecto para o local; sem garantias de financiamento; sem sequer deter a posse das Convertidas - que afinal parece não interessar para nada...

Rui Ferreira

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Braga Romana
 
Vem aí a semana da “Braga Romana”, evento que cada vez mais cativa as pessoas, bracarenses e não só, e promove um salutar espírito de convívio, baseado na inspiração histórica.


Os tempos de Bracara Augusta estão documentados nos vários vestígios arqueológicos que Braga timidamente ostenta, sem lhes dar um grande valor.

Quantos bracarenses saberão que as guias graníticas no Largo de S. Paulo pretendem evocar as habitações romanas que ali foram exumadas? Ou quem associa as pedras que se encontram à entrada da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva a um embasamento de um pórtico que circunscreveria uma das maiores ruas romanas de Augusta? Cremos que poucas, ainda que também tenhamos esperança que este cenário se vá invertendo com as sucessivas actividades promovidas pela JovemCoop, que visam aproximar os cidadãos ao seu património e contextualizar as heranças que nos foram legadas.

Ainda assim, há proprietários de estabelecimentos que tentam extrair mais-valias do legado histórico com que foram presenteados aquando das reformulações e obras nos seus edifícios.

Ricardo Silva

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Quando a bota não bate com a perdigota
 
Há coisas que não têm qualquer explicação, senão a única virtude de produzir o espanto que é devido ao escândalo. Isto é, simplesmente, o sentido de vergonha.
Quando em Braga decorria o “V Congresso Nacional das Cidades Educadoras”, tendo por ideia central o papel educador das Câmaras Municipais – isto é, o exemplo que estas devem dar aos seus cidadãos - ao mesmo tempo que ainda se digeria o escândalo da maioria socialista em ter votado a compra dos terrenos da antiga cerca das “Convertidas”, sob o móbil enganoso da preservação do património e da famigerada pousada de juventude, vieram-nos à memória aqueles famosos conceitos de Educação, do não menos célebre sábio brasileiro da especialidade, Paulo Freire, e que dão pela expressão de MANIPULAÇÃO e MANUTENÇÃO do STATUS QUO. Vale pena rever a sua interpretação nos dias que correm para compreendermos melhor aquilo que não tem compreensão:

Miguel Bandeira

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Uma Família Portuguesa
 
Uma família portuguesa é constituída por dez elementos a viver debaixo de um tecto comum. Dois
casais unidos por laços de sangue com os respectivos filhos menores, um de cada casal, duas avós, um avô e um tio solteiro. As mulheres de ambos os casais são operárias fabris que contribuem com pouco mais que um salário mínimo mensal lá para o agregado familiar. Um dos maridos tem um trabalho mais especializado o que lhe permite obter uma remuneração mensal um pouco superior a dois salários mínimos.

O outro homem da casa está desempregado e sem qualquer subsidio.

João Lopes

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Caminho obscuro

No momento em que escrevo estas linhas não são ainda conhecidas as decisões do Governo acerca do assim
designado
Projeto de Refundação do Estado Social, que deverá ser apresentado à Troika por ocasião da próxima avaliação do programa de resgate. Convirá, no entanto, não perder de vista três coisas: 1ª - Desde o princípio, este “projeto” foi apresentado com base numa única ideia (redução das despesas correntes do Estado); 2ª - Tal ideia fixava, à partida, um número (4 mil milhões de euros); 3ª – Tal número baseava-se num equívoco (o défice releva, em primeira mão, das despesas correntes do Estado).

João Mesquita

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Sondagem

Sondagem Junta da Sé+Cividade+Máximinos

Resultados

(10-04-13)



1 António Carneiro 73

2 José do Egipto Silva 53

3 João Pedro Fernandes 34

4 Outros 11

5 António Sousa 10

6 João Seco Magalhães 10

7 Armando Rosas 06

8 Ilídio Sousa 04

8 Luís Gonzaga Macedo 03

10 António Ferreira 01
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Foto da semana

CDU de Braga visita Associação Os Bravos da Boa Luz
 

O Nosso Café - Parte III


sábado, 11 de maio de 2013

Braga Semanario - Edição de 10 de Maio


 
 
 
 
 
 
 
 
S. João de Braga: Festa muito antiga
 
A pouco mais de um mês da grandiosa festa de São João de Braga e a propósito da importância
indevida que alguns pretendem atribuir aos festejos recentes ao mesmo Santo, em outras localidades, convém referir, para que reponha a verdade histórica, a antiguidade dos festejos bracarenses.

Embora a história da Festa do S. João de Braga esteja ainda por fazer são vários e coevos os documentos que a referem.

Com efeito através do cónego da Sé de Braga Dr. José Marques que estudou os pergaminhos existentes nos arquivos da confraria de S. João do Souto, ficamos a saber que a primeira referência a esta confraria data de 1186 e que tinha como sede a Igreja de S. João do Souto, construída como capela particular por Pedro Ourives e sua mulher Elvira Mides, que em 1161 a doaram a D. João Peculiar instituindo-a, este, em paróquia.

João Tinoco

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Os Ursos mandam novas!
 
A Paulinha e o Tó concederam-nos, hoje, este espaço. Nós, somos os Ursos.
Vivemos num País diferente do Vosso. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente.
Por exemplo. Ser um Urso, em Portugal, normalmente, não é um bom epíteto.
Aqui, porém, designa alguém forte, com uma personalidade para além de qualquer medo! De tal forma que, na nossa língua, temos muitas pessoas que se chamam, precisamente, Urso. Talvez o mais familiar, seja um dos maiores tenistas da Historia do Ténis, Björn Borg (Böjrn = Urso).
Temos um território muito extenso, mas pouca população. A mesma que Portugal.

Paulinha e Tó da Suécia

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Devastação – A natureza do capitalismo
 
Na frente do mercado, o novo paradigma técnico-científico veio abrir ao jogo do dinheiro a
possibilidade de aventuras inimagináveis há poucos anos e que imprimiram características caóticas ao desenvolvimento selvagem do capitalismo, provocando, neste início de milénio, uma crise sem precedentes. Crise que não é somente económica e financeira, ela é, também e por arrasto, uma crise social e civilizacional.
Assustado, e já a adivinhar o que estava para vir, Milton Friedman, o pai dos Chicago-Boys, ainda antes de ter terminado o século XX, pedia o fim do FMI; Georges Soros, o rei dos especuladores, o homem que afundou a libra esterlina, sugere a imposição de controlos capazes de conter os excessos do mercado globalizado. Sintomas do grande medo que, já então, os sacerdotes laicos do neoliberalismo de modelo hayeckiano incorporavam. Mas veio o subprime, a bolha estourou, os bancos faliram, tendo sido necessário a intervenção dos Estados (que o mercado tanto abomina) para salvá-los, em detrimento dos povos dos seus países; grandes, médias e pequenas empresas tiveram que fechar as portas, mandando para o desemprego milhares de trabalhadores e deixando famílias inteiras entregues à sua sorte. A crise instalou-se!

António Pereira

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O cover das Convertidas
 
Quem gosta de música sabe que o “cover” é um sucesso passado que já foi antes cantado por outros.
Não é uma criação do intérprete que agora o executa, mas é um tema de reportório, quando não há mais, destinado a impressionar o público. Isto é, para dar uma imagem melhorada de si, tantas vezes porque se está gasto e limitado na capacidade de criar algo de novo.
É assim que vemos a requentada proposta do Senhor Presidente de Câmara, em final de mandato - quando deveria estar a arrumar os papeis da sua eternidade política - em vir propor que o património barroco do Recolhimento das Convertidas, na avenida Central, possa ser reconvertido no laico uso de uma pousada de juventude.

Miguel Bandeira

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Uma saída para a nossa crise?
 
Cada vez mais somos bombardeados com notícias de que a situação do País está a degradar-se
exponencialmente por tantos e tantos motivos. Vou focar em duas variáveis que contribuíram para este descalabro: automóvel e petróleo. Ambos têm de ser importados há décadas, o primeiro, por não termos colocado o cérebro em acção, o segundo, por não nos ter sido dotado pela Mãe Natureza. Mas não se pense que a História foi sempre assim. Na nossa época dourada, os “Mercedes, BMW´s e Audi´s” estavam atracados nos nossos portos. As embarcações dos Descobrimentos eram alvo de cobiça por uma grande parte dos povos europeus. Os nossos antepassados souberam usar o génio. O vento era o “petróleo” daquele tempo.

João Lopes

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Quem paga manda!
 
Sempre foi assim, e assim continuará a ser! Aprendi desde cedo que em casa dos meus pais, eram
eles quem mandavam em mim porque eram também eles que me sustentavam e pagavam as minhas despesas. Acho que todos estamos de acordo que isto é o normal em todas as casas onde há uma boa gestão familiar. Quando vemos o inverso, ou seja, quando são os filhos sem rendimentos a exigir e a gerir o dinheiro dos pais, acredito que também todos estamos de acordo, é uma situação anormal!

Pois bem, é mais ou menos isso que se passa em Portugal. Neste caso, Portugal é o elemento que não tem rendimentos para pagar as suas despesas e os pais serão os credores que emprestam o dinheiro (obviamente, não o dão porque não são nossos pais), representados por uma troika que defendem os interesses destes credores.

Ricardo Freitas

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Sondagem

Sondagem Junta da Sé+Cividade+Máximinos

Resultados

(10-04-13)



1 António Carneiro 73

2 José do Egipto Silva 53

3 João Pedro Fernandes 34

4 Outros 11

5 António Sousa 10

6 João Seco Magalhães 10

7 Armando Rosas 06

8 Ilídio Sousa 04

8 Luís Gonzaga Macedo 03

10 António Ferreira 01